segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Não se vá...

Pardalzinho

O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!
 Manuel Bandeira


Hoje abro meu relato com um poema de Manuel Bandeira para tentar expressar um pouco do que estou sentindo. Vocês já devem ter ouvido falar em como uma gravidez  torna a pessoa muito mais sentimental.
Pois bem. Lembram do pássaro calopsita?
Passou 4 dias comigo.
Foi meu companheiro, especialmente nesses dias em que o marido estava tão apurado no trabalho.
Se estava lavando a louça , lá estava ele comigo.
Se passava roupa, também.
Se estava vendo televisão, a mesma coisa...
Parecia uma cachorrinho de asas...rs
É apeguei-me demais ao bichinho...

Até que no sábado apareceu sua dona verdadeira. Foi com dor no coração que o entreguei. O que poderia fazer? Ele não me pertencia.
A  gaiola ficou vazia e um espaço no meu coração também.




Algumas pessoas disseram: "Compre outro". Mas não, cada um tem seu lugar. Penso que existem coisas insubstituíveis. Ainda mais quando não se trata de um objeto. 
Esse pássaro foi especial por que teve uma história especial.


Quem sabe um dia, quando a lembrança dele não for tão presente, eu possa construir uma outra história com outro passarinho... Agora não dá!


O lado bom da história é que se um dia eu quiser ter um animalzinho de estimação, essa espécie será uma alternativa, pois é fácil de cuidar, amoroso e companheiro.

Eu recomendo! rsrsrrsrsr

3 comentários:

  1. Oi Aline,
    Grata pela visita, tambem tive uma caturrita e o gato da vizinha matou, nunca vou esquecer, pelo menos a calopsita deve estar bem cuidada, o que já é um consolo! Aline como faz aqueles apoios pra panela de revista, me chamou atenção naquela postagem do sítio.
    Bjs e não fica triste!
    jud-artes
    J

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  2. Nada acontece por acaso!
    Uma simples folha, quando se desprende do seu galho, cumpre uma missão toda especial e assim são com todas as coisas, pessoas e até mesmo com os animalzinhos, que povoam nosso mundo. Disso devemos aproveitar e tirar o máximo de ensinamento possível, pois nem todos são atos perfunctórios em nossas vidas.
    Olhar para cima e o coração "pieno" (cheio) de alegria, pois aí vem o "Satorinho" nosso Bruno com "B" maiúsculo.
    Beijão
    Do seu maior amigo

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